Em tempos onde muitos confundem a CLASSE A- com a CLASSE B+ os holofotes focam-se na CLASSE C. Eles que eram tímidos, não tinham acesso ao crédito, a tecnologia e a informação já conquistaram o seu espaço e com certeza, a tendência é este poder aumentar. Antigamente precisava-se de uma renda mínima muito alta para conseguir cartões de crédito e ter crediário em magazines, além disso, serviços de internet banda larga e celular pós-pago era privilégio para poucos. O cenário mudou, e como. Agora fazem uso deste benefício, comprando tudo do bom e do melhor. Para viabilizar, em muitas situações é necessário parcelares em muitas prestações. Sabe aquela história da patroa falando para a empregada: “vi uma linda TV de LED, último modelo! estou pensando em comprar…” e a empregada responde: “eu tenho, meu marido comprou, em 12 vezes sem juros”.
Porque não? Todos tem os mesmos direitos, independente de como vão pagar, desde que pague. Certo? O mesmo acontece com computadores, aparelhos de som, eletrodomésticos, e até bens de consumo duráveis, como automóveis e imóveis. A diminuição dos juros, a facilidade de pagamento e a diminuição da restrição só tem a incentivar o poder de compra e aumento do consumo. O único grande cuidado é com o índice de inadimplência, mas aí já é um outro assunto, para outro momento.
Lembro de quando a internet banda larga custava 300 reais mensais, luxo para poucos, o aparelho de Mp3 passava de 500 reais e um lanche do MC Donald’s era capricho da Classe A. Claro, o MC continua com seu preço “nada barato” mas hoje também possui um mix de produtos e promoções fixas para a demanda da nova classe C.
As lojas âncora de vestuário também vem apresentando muito estilo: mais qualidade, variedade e tendências de moda com preço baixo e facilidade de pagamento, como é o caso da C&A, Renner, Marisa, Pompéia e Riachuelo. As mulheres e os homens podem vestir-se bem a um preço justo, ou seja, sem precisar usar roupas caríssimas de grife.
Todos os segmentos estão rapidamente se adaptando; mas também, quem não vai se importar com eles? Toda a empresa que se preze e seja bem estruturada precisa dar o devido valor aos que chegaram para ficar.
Créditos das imagens: Reprodução